"Como que levada
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo."

Matsuo Bashô

10/09/2011

Presidente da Igreja Messiânica Mundial visita África

No dia 20 de Agosto de 2011, o Reverendíssimo Tetsuo Watanabe, Presidente da Igreja Messiânica Mundial (Igreja Mãe) visitou a Sede Central de África. O presidente palestrou para diversos membros dos países africanos, tais como Zaire, Moçambique, África do Sul e outros. Além de participar do Lançamento da Pedra Fundamental da Escola de Agricultura Natural em Angola. Na mesma semana Revmo. Watanabe visitou Moçambique e participou do lançamento da pedra fundamental do Centro de Aprimoramento de Moçambique, na região de Marracuene, próxima da capital do país Maputo.

Seguem alguns vídeos e algumas fotos para apreciação geral:







2012 - Uma Mensagem de Esperança

Um breve documentário sobre algumas novas pesquisas envolvendo pensamento-razão-sentimento e Espiritualidade. Realmente muito interessante como algumas ideias propostas por Meishu-Sama já são estudadas e compreendidas cientificamente nos dias de hoje.





Novos Rumos

Tendo em vista a baixa postagem e as poucas visualizações deste blog, pensamos em reorganizar a proposta básica desta página. Agora além das corriqueiras postagens sobre os Protótipos do Paraísos deixados por Meishu-Sama (Mokiti Okada), teremos o prazer de publicar as principais notícias sobre a expansão do Johrei e da Obra Divina pelo Globo Terrestre. Fazemos votos para seguirmos conforme a vontade de Meishu-Sama nesta nova proposta e que seja do agrado de todos poderem conhecer um pouco mais sobre os messiânicos do mundo todo.

Muito obrigado e boa leitura a todos!

Equipe "Miroku Sekai Shimbun"


08/07/2011

Zuiun-Kyo (Terra Celestial) - O Solo Sagrado de Atami - Parte II



O terreno destinado à construção do Templo Messiânico ficou pronto no verão de 1950. Cortando-se parte da montanha, conseguiu-se uma área de 3.960 m2. A grande quantidade de terra que então se obteve foi utilizada para aterrar uma depressão e até serviu para formar montes. É nesse lugar que fica o atual Jardim das Ameixeiras, cuja construção teve início na primavera de 1950. Na época também foi construída a estrada que, saindo do Alojamento Shinjin, passa ao lado do Edifício Nuvem Auspiciosa, atravessa o Jardim das Ameixeiras, contorna a Colina das Azaléias e termina junto ao Templo Messiânico.

Dois anos depois, em dezembro de 1952, foi construída uma estrada subterrânea ligando o Templo Messiânico ao Palácio de Cristal. Sua construção foi feita com escavadeira. Quando a escavação atingira a metade do túnel, começou-se a ouvir bem baixinho o barulho da máquina, a qual vinha avançando pelo outro lado. Quando esse barulho se tornou mais nítido, a parede de terra que havia à frente desmoronou e pôde-se ver o rosto preto de terra dos componentes do grupo de dedicantes. Nesse momento, espontaneamente, ambos os lados soltaram vivas.

Na primavera do ano anterior, ficara concluído o Jardim das Ameixeiras, cuja construção levara um ano. Da mesma forma que a Colina das Azaléias, iniciada em setembro de 1951 e concluída em abril de 1952, ele foi idealizado pela sensibilidade artística do Fundador, que admirava muito a arte do Estilo Rin-pa. Esse jardim caracteriza-se pela graça de seus pequenos montes e pela elegância de suas árvores, todas elas muito antigas. Representa nada mais nada menos que a concepção artística do Biombo de Ameixeiras com Flores Vermelhas e Brancas — de Ogata Korin, pintor que o Fundador tanto apreciava — transposta para a Natureza.


Antes da construção do Jardim das Ameixeiras, quando iam ser compradas as árvores, o Fundador disse ao jardineiro Issao Morimoto: "As ameixeiras que só dão flores têm pouco perfume. Por isso plante árvores que dêem frutos e que sejam velhas." Então, Morimoto andou por diversos locais, à procura de ameixeiras com mais de cem anos. Das trezentas e sessenta plantadas nesse jardim, uma parte foi adquirida na Mansão Mitsui, em Oisso, e o restante provém da plantação existente em Shimo Soga, subúrbio da cidade de Odawara. Pelo fato de se ter gasto muito tempo com a procura das árvores, foram necessários quatro anos para arrancá-las, transportá-las e plantá-las.

A Colina das Azaléias, anteriormente, era um declive cheio de mato, mas foi coberta com a terra extraída durante a preparação do terreno onde seria construído o Templo Messiânico, e moldada no formato que possui atualmente. De acordo com a orientação do Fundador, ela deveria apresentar um formato arredondado vista de qualquer direção. Entretanto, a obra estava levando muito tempo e não ficava conforme ele desejava. O Fundador ainda não havia dado sua aprovação, mas o jardineiro, achando que o formato estava mais ou menos delineado e sentindo pena dos trabalhadores e do grupo de dedicantes que faziam aquele serviço, pensou: "Como o formato está mais ou menos pronto, se eu plantar as azaléias, ele não vai me dizer para arrancá-las." Assim, plantou cerca de trezentas mudas.

No dia seguinte, os profissionais e o grupo de dedicantes estavam muito tensos, esperando a inspeção do Fundador. Quando este chegou, desceu rapidamente do carro, como de costume e, após um relance de olhos para a Colina das Azaléias, ordenou: "O formato não está bom. Por isso arranque as azaléias e comece tudo de novo." Essas palavras breves, mas denotadoras de que ele não admitia transigência, fizeram com que todos sentissem uma confiança inabalável. Imediatamente, as azaléias foram arrancadas, recomeçando-se o transporte de terra. Alguns dias depois, finalmente, ficou concluído um magnífico monte, que, visto de todos os lados, apresentava o formato desejado pelo Mestre. Muito contente, ele disse: "Agora está bem." E então as azaléias foram plantadas de novo. Assim, com a orientação deste, surgiu uma arte de jardinagem baseada na beleza da superfície arredondada.

Dias depois, olhando para a Colina das Azaléias com profunda emoção, o Fundador dirigiu palavras de conforto aos dedicantes e aos trabalhadores, pelo árduo trabalho executado: "Vocês conseguiram! Obrigado pelo esforço que fizeram durante tanto tempo." E acrescentou: "Vocês devem ter se preocupado com o tempo e com o dinheiro gasto para construir essa colina, mas isso não é problema. Eu quero construir algo realmente magnífico e deixá-lo para a posteridade. Esse é o meu único pensamento." Ouvindo tais palavras, todos ficaram impressionados pela vigorosa determinação do Fundador quanto à construção do Solo Sagrado; ao mesmo tempo, sentiram que esta era uma obra valiosa e de importante significado dentro da Providência Divina.





As dificuldades enfrentadas na construção da Colina das Azaléias não se limitaram ao delineamento de seu formato. Anteriormente, na aquisição dos pés de azaléias, já houvera uma grande dificuldade. O Fundador havia determinado que fossem plantados 3.600 pés; entretanto, as azaléias demoram muito para crescer e não era nada fácil encontrar essa quantidade de arbustos com formato e tamanho semelhantes. No início, procurou-se em Odawara, em Tóquio e até nas casas de plantas do Estado de Saitama, mas as respostas eram negativas. Quando já se aproximava o dia da conclusão da colina, o encarregado foi além de Amagui, visitou uma casa tradicional de Nakaizumoto e procurou também com agricultores residentes entre Mishima e Hakone, até que finalmente completou a quantidade necessária de pés de azaléias. Através desse fato, ele renovou sua crença de que as palavras do Fundador sempre se concretizavam.


O Fundador desenvolveu a construção da Terra Celestial dividindo esta em três partes, às quais deu o nome de Seissei-Dai (Monte Límpido), Keikan-Dai (Monte Paisagem) e Sekiun-Dai (Monte Nuvem de Pedras). O centro é o Templo Messiânico, erigido no Monte Límpido. Esse prédio, como se pode ver na foto, é uma construção de concreto armado ao qual se adaptou o estilo de Le Corbusier (1887-1965), que, na época, era o estilo arquitetônico mais moderno, tendendo a dominar o mundo das construções. O Fundador adaptou-o à forma das construções religiosas e projetou-o de maneira ainda mais moderna. Fez as paredes internas brancas e deu à fachada um desenho simples, utilizando linhas retas em branco e cinza escuro. A área do terreno ocupado pelo templo é de 3.960 m2, sendo que o andar térreo tem aproximadamente 2.300 m2, e o primeiro pavimento, cerca de 1.130 m2, com capacidade para acomodar umas três mil pessoas. Ele foi projetado não apenas para a realização de ofícios religiosos, mas para utilidades múltiplas, entre as quais projeção de filmes e espetáculos de teatro e dança, possuindo também um camarote para orquestra, destinado a concertos musicais.

Para a construção do Templo Messiânico, confeccionou-se, antes, uma maquete de dois metros quadrados e fizeram-se muitos estudos. Diariamente, numa hora determinada, o Fundador ia à Terra Celestial e dava instruções sobre a obra. Especialmente na ocasião de decidir a grossura dos pilares, a medida que ele mencionou, por intuição, foi exatamente a mesma que o especialista no assunto calculou para sustentar o peso de prédio. Terminados os alicerces, deu-se início à construção dos pilares. Ao inspecionar oito que já estavam sendo edificados, o Fundador ordenou: "Reconstruam-no, porque está faltando sinceridade." Derrubar, com força humana, pilares de concreto armado era um serviço muito trabalhoso e demorado, mas eles é que iriam sustentar o prédio. Assim, captando, por intuição espiritual, a falha que havia na obra, o Mestre determinou que ela fosse refeita, embora estivesse ciente de que seria um trabalho muito custoso.

A construção do Templo Messiânico desenvolveu-se sob a direção do próprio Fundador e em meio de acontecimentos misteriosos, mas só pôde ser concluída após sua ascensão, ocorrida em 1955. O nome do prédio, que inicialmente era Meshiya Kaikan (Templo Messias), foi mudado para Kyussei Kaikan (Templo Messiânico) em março de 1957. Na época, a construção foi efetuada com o pensamento de se estar fazendo o melhor prédio possível; devido, porém, à pouca firmeza do terreno e como medida de precaução quanto à segurança dos visitantes, ele foi reconstruído em 1972, mantendo a imagem do Templo Messiânico construído pelo Fundador.

E - O Suisho-Den (Palácio de Cristal)

No Solo Sagrado de Atami, a última construção dirigida diretamente pelo Fundador foi o Palácio de Cristal. Eis um poema que ele compôs sobre o monte onde está edificado esse prédio:



"No Monte Paisagem,

Fico embevecido.

É como se fosse

Um desenho em rolo

Que vai se desenrolando."



O Fundador denominou Monte Paisagem o lugar de onde se descortinava o melhor panorama no Solo Sagrado de Atami, e nele, mais tarde, construiu o Palácio de Cristal.


O prédio tem um formato muito original. É uma circunferência de aproximadamente 22 metros de diâmetro cortada ao meio. Para que os fiéis e todas as pessoas que visitassem a Terra Celestial pudessem apreciar da melhor forma possível a paisagem que dali se descortina, o Fundador construiu a face sul do prédio todo em acrílico. O termo "Cristal" simboliza o mundo ideal, sem impurezas. A transparência da parte da frente, bem ampla, sem nenhum pilar, é realmente muito adequada a esse nome. Quando o terreno do Monte Paisagem ficou pronto, o Fundador mandou construir um patamar e, subindo nele, estudou a direção para a qual ficaria voltado o Palácio de Cristal, a altura do chão etc., de modo que a paisagem pudesse ser vista da forma mais perfeita possível.



O projeto do Palácio de Cristal foi todo idealizado pelo Fundador. Como seu formato arredondado e a ausência de pilares eram muito raros num prédio independente, não se encontrou na época, em nenhum lugar, alguém que pudesse calcular sua resistência. Conseqüentemente, o próprio chefe do Setor Técnico do Ministério das Construções encarregou-se do trabalho e até escreveu uma carta de recomendação, de modo que o pedido de "habite-se", entregue à repartição competente, no Estado de Kanagawa, foi aprovado incondicionalmente.

A construção desenvolveu-se em ritmo acelerado, ficando pronta em apenas três meses, graças à dedicação dos fiéis provenientes de todo o país. Após sua conclusão, em dezembro de 1954, o Fundador disse: "O Palácio de Cristal não pertence exclusivamente a nós. Desejo que o maior número de pessoas se deleite com este lugar pitoresco concedido por Deus." Por trás dessas palavras, percebemos o sentimento do Mestre, que, preocupando-se até com os pormenores, queria fazer daquele local um ambiente de lazer e tranqüilidade não só para os fiéis como para todos que o visitassem.



O Palácio de Cristal tornou-se famoso no mundo arquitetônico, e pessoas relacionadas a esse campo, provenientes dos mais diversos locais, freqüentemente iam visitá-lo, para estudos. O Fundador explicou que a muralha de pedra situada atrás do prédio, a qual forma uma reentrância, representa a Lua, e a cor vermelha do tapete representa o Sol.


Luz do Oriente, Vol. 2

07/07/2011

Zuiun-Kyo (Terra Celestial) - O Solo Sagrado de Atami - Parte I


A construção da Terra Celestial foi iniciada em 1945, com a aquisição do terreno de aproximadamente 16.500 m2 onde está situado o atual Templo Messiânico. Na época, o local tinha o nome de Izussan Aza Okubo. Em 1946, adquiriu-se um terreno de mais ou menos 10.000 m2, que compreendia à área onde se ergue o Palácio de Cristal e a parte que vai do Jardim das Ameixeiras até o Alojamento Shinjin. Com isso, a Terra Celestial tomou um aspecto semelhante ao que tem hoje.

O local é muito pitoresco e de lá se pode avistar ao mesmo tempo a Baía de Sagami, com a Ilha Hatsu, e as Penínsulas Miura e Bosso. Além do mais, é de fácil acesso, possuindo um clima ameno e abundância de águas termais; apresenta, portanto, ótimas condições. A esse respeito, o Fundador disse: "Que poderia ser o Solo Sagrado senão uma grande obra de arte preparada por Deus quando criou o mundo?"


Naquele tempo, entretanto, a região era um lugar montanhoso, fechado e de acesso muito difícil; para se chegar lá, só havia um pequeno caminho de terra passando por entre as árvores. Certa ocasião, durante uma entrevista realizada no Solar da Montanha do Leste, o Fundador expôs aos fiéis seus planos para o futuro: "Em breve construirei, na montanha em frente, um prédio que comportará milhares de pessoas." Para os fiéis, no entanto, era como se estivesse ouvindo falar de um sonho, pois, na época, embora a difusão houvesse crescido, pouco mais de dez pessoas se reuniam para os encontros com o Fundador; além disso, a "montanha em frente" a que ele se referia, podia ser avistada a noroeste, do outro lado da estação ferroviária, a uma distância de centenas de metros em linha reta, e estava toda coberta de densas matas.



Malgrado tais condições, a obra de construção do Solo Sagrado de Atami teve início naquele mesmo ano de 1946, com a terraplenagem do local onde existe hoje o Alojamento Shinjin, para aí se construir a casa de administração. Em seguida, a obra foi progredindo firmemente, do Templo Messiânico para o Palácio de Cristal e para a Colina Sekiun (Nuvem de Pedra). O terreno era maior e mais acidentado que o de Hakone, de modo que foi necessário um trabalho de grande escala para cortar montes e aterrar depressões. Na época ainda não se dispunha de máquinas, e a maior parte do trabalho teve de ser executada com a força braçal dos grupos de dedicantes. A terra e as pedras, explodidas com dinamite, eram retiradas com pás, colocadas em caixas e levadas até os vagões, para serem transportadas.


Na Terra Celestial aconteceu o mesmo que se deu em Hakone: as necessidades eram supridas no momento necessário, numa seqüência de milagres. Por exemplo: para o preparo do terreno onde seria erigido o Templo Messiânico, foi preciso cortar parte da montanha, surgindo, durante essa obra, grande quantidade de pedras, que puderam ser utilizadas nos muros levantados em diversos pontos do Jardim Sagrado. Se essas pedras tivessem sido compradas, as despesas com a sua aquisição e transporte teriam sido enormes.



Aconteceu, ainda, o seguinte fato:

Por volta de 1948 ou 1949, quando o terreno do Templo Messiânico estava em pleno preparo, o Fundador determinou que se construíssem estradas para automóveis, a fim de tornar o trabalho mais prático. Para isso, entretanto, era necessário eliminar a inclinação do terreno, o que faria sair grande quantidade de terra. O encarregado quis, então, saber o que deveria fazer com ela — preocupação lógica de uma pessoa na sua posição. O Fundador respondeu: "Não se preocupe com coisas que ainda estão por acontecer. É um cuidado desnecessário, porque Deus está conosco. Ele fará o que for melhor." O encarregado ficou abismado com essa resposta. Pouco tempo depois, foi adquirido o terreno do Jardim das Ameixeiras, situado num vale muito fundo, de modo que a terra excedente das obras da estrada pôde ser utilizada para aterrá-lo. As pedras extraídas nessa oportunidade foram empregadas na construção da muralha situada próximo ao Alojamento Shinjin.



Mais tarde, também, toda vez que havia necessidade de pedras, elas apareciam nas proximidades, e a terra que sobrava servia para aterrar depressões do terreno. Assim, foi um suceder de milagres: tudo se encaixava perfeitamente. Através desses fatos, as pessoas a eles relacionadas passaram a compreender que, se procedessem de acordo com as palavras do Fundador, não haveria erros; ao mesmo tempo, essas pessoas fortaleceram a convicção de que Atami, tal como Hakone, era um Solo Sagrado preparado por Deus.



Por volta do final da guerra, quando o povo, abatido pela crueldade da contenda, vivia perseguido pelas dificuldades do dia-a-dia, o Fundador, com ardoroso entusiasmo, comprou terrenos uns após outros, e, aproveitando-Ihes a beleza natural, foi dando a eles um aspecto ainda mais belo.



Nem é preciso dizer que o avanço ininterrupto da construção do Solo Sagrado deveu-se às rápidas decisões e orientações precisas do Fundador, o qual sempre estava à frente de sua época. Por outro lado, não podemos esquecer-nos da sinceridade dos membros, que se esforçavam por corresponder ao ardor do Mestre. Com a união do amor oferecido pelos fiéis de todos os cantos do país, diariamente salvos pelo Poder Divino, o Solo Sagrado foi sendo construído. A construção jamais se desenvolveu dentro de boa situação financeira. Entretanto, quando e quanto necessário, chegavam às mãos do Fundador as puras e sinceras ofertas de gratidão feitas pelos membros. Com elas, o círculo da salvação e da alegria de receber maior proteção de Deus ia se expandindo. No final de outubro de 1948 o número de fiéis elevava-se a oitenta e oito mil; em maio do ano seguinte, menos de meio ano depois, totalizava cento e dez mil pessoas.


Luz do Oriente, V. 2.





26/06/2011

JOHREI ATRAVÉS DAS LETRAS

Lendo o título acima, talvez os leitores nem façam idéia do que se trata. Com o que escreverei a seguir, entretanto, compreenderão perfeitamente o que pretendo dizer: ler os meus Ensinamentos é receber Johrei através dos olhos. Eis a explicação:

Todos os textos refletem o pensamento da pessoa que os escreveu; precisamos ter plena ciência disso. Espiritualmente falando, significa que as vibrações espirituais do escritor são transmitidas, através das letras, para o espírito do leitor. Como os meus Ensinamentos representam a própria Vontade Divina, o espírito de quem os lê se purifica.

A leitura pode exercer influência positiva ou negativa sobre a alma do leitor. É grande, portanto, a influência exercida pela personalidade do escritor. Quer se trate de artigo de jornal ou de obra literária, aconselho aqueles que os escrevem a pensarem muito, mas isto não quer dizer que eu lhes esteja recomendando escreverem sermões.

Naturalmente, se a obra não for interessante, as pessoas não a lerão com prazer, e por isso ela será inútil. É importante que o assunto atraia, fazendo os leitores se sentirem presos a ele. Todavia, analisando a literatura da atualidade, a grande maioria das obras nos faz pensar que os escritores se interessam apenas em vendê-las ou vê-las adaptadas ao cinema, e, com isso, ganhar fama. Os textos não passam de um amontoado de palavras; terminada a leitura, sentimos que deles nada se aproveita. Em verdade, seus autores não passam de pretensos escritores. Tais obras poderiam ser comparadas a pessoas vazias de conteúdo: podem ser famosos por algum tempo, mas um dia cairão no esquecimento.

Quando observamos minuciosamente a sociedade atual, até nos assustamos com as numerosas falhas que ela apresenta. Se quisermos tomá-la por tema, não nos faltarão assuntos. Gosto muito de cinema, do qual sou freqüentador assíduo. Às vezes, quando vejo filmes que apontam as falhas da sociedade, fico muito interessado e contente, por saber que, de alguma forma, alguém pensa como eu; tenho até vontade de reverenciar seus autores e produtores. Obras desse tipo nunca deixam de ser reconhecidas pelo público, dando lucros vantajosos às livrarias e empresas cinematográficas. É como matar dois coelhos com uma só cajadada.

Mokiti Okada - 26 de novembro de 1952

25/05/2011


O PARAÍSO É O MUNDO DA ARTE


Sempre alimentei grande interesse pela Arte.

Como é do conhecimento dos membros, os edifícios e jardins que estão em plena construção em Hakone e Atami foram projetados com o elevado sabor da arte, jamais experimentado por alguém até hoje. No passado, fiz muitas pinturas, mas, hoje, ando tão atarefado, que isso não é mais possível. Mesmo assim, eu me distraio fazendo caligrafias, compondo poemas, vivificando flores e praticando a cerimônia do chá. Gosto, também, de obras de arte; por isso, de acordo com as possibilidades financeiras, tenho adquirido algumas obras. Inclusive através de doações dos fiéis, tenho conseguido satisfazer um pouco do meu gosto pela arte. Também gosto de teatro e de música, mas, como me falta tempo, estou me satisfazendo, de certa forma, com cinema e rádio. Aprecio a música japonesa e a ocidental, porém os meus colegas de idade mais avançada sempre me dizem que é raro ver alguém que goste do cinema e da música ocidental. Entre os japoneses são poucos, mas parece que, entre os americanos, há muitas pessoas que se interessam pela arte.

Como se pode ver, minha vida diária está preenchida, quase que totalmente, pela arte. Posso até afirmar que é uma vida artística. Penso que isso provém da minha missão de construir o Paraíso Terrestre e que, sem dúvida, foi Deus quem me concedeu esse instinto, pois o Paraíso é o Mundo da Arte. E para isso existe um motivo.

Até hoje, o mundo se encontrava na Era da Noite. Como tudo era escuridão, o homem tinha facilidade de praticar crimes sem ser descoberto, de modo que, sem outra alternativa, ele passou a interessar-se pelas coisas ruins. Ou seja, a enganar seu semelhante e causar-lhe sofrimentos, a ter vontade de roubar, de manter relações sexuais impuras. Passou, assim, a interessar-se pelas intrigas. A própria realidade está mostrando isso. Todavia, quando o Mundo entrar na Era do Dia, todas as coisas serão vistas abertamente e de forma transparente, não sendo mais possível esconder nada. Naturalmente, o homem deixará de gostar do Mal, e o seu divertimento será, infalivelmente, a prática do que é bom e correto. Procedendo assim, com certeza esse divertimento descambará para a Arte. Por conseguinte, não só a poesia e a música, mas, sem dúvida, todos os tipos de espetáculos artísticos, assim como também a arquitetura, as ruas, o teatro, os estabelecimentos de diversão, a decoração do interior das casas, as vestimentas individuais, etc. tornar-se-ão inimaginavelmente belas.

Dessa forma, é preciso que entendam que o Mundo de Miroku, o Paraíso Terrestre, é o Mundo da Arte.

Jornal Kyussei nº 51, 25 de fevereiro de 1950